sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Como será o amanhã?

Hoje resolvi expor um pouco das minhas preocupações e pensamentos sobre como será o amanhã. Antes de ter um filho, temia em relação ao mundo no qual viveria, hoje ele existe e penso como serão seus próximos passos. Sua pouca idade já revela sua enorme curiosidade e energia, logo, logo estará ampliando seus espaços de convivência, suas amizades, enfim. O que ele encontrará? O que absorverá?
Há dias recentes presenciei como ouvinte passiva, conversas e comentários, em diferentes dias e locais públicos e de grande circulação de pessoas. O que vi e ouvi me causaram uma inquietação ainda maior, sobre como será o amanhã.
Dentro de um ônibus que circula em bairros do município, um homem ao perceber uma concentração maior de pessoas em um determinado trecho do percurso, comentou de forma irônica, no mínimo mataram um. Fiquei intranqüila com a normalidade com que alguns fatos estão acontecendo e sendo encarados. Em uma parada de ônibus onde estava acompanhada pelo meu irmão de apenas 6 anos, outros adolescentes e jovens brincavam e conversavam como se estivessem estreando uma peça teatral e tivessem que ser ouvidos por todos. O que falavam? Não seria interessante ou possível transcrever neste espaço. Em uma Lan house não foi difícil se chocar com a banalização e a forma grosseira com que adolescentes se referiam a temas que variavam entre sexo e jogos. Empolgados com a dinâmica dos jogos, gritavam que iriam matar e com que arma acabariam com o adversário. Quando o assunto mudou para sexo, sobraram palavras grosseiras, se referindo a possíveis ou desejados pares como apenas objetos descartáveis de prazer e ostentação.
Tudo bem?
Isso são apenas pequenos recortes de alguns instantes diários, em que se percebe a externalização de como grande parte da sociedade está visualizando, sentindo e tratando situações e pessoas. E pra você não desistir de concluir a leitura, não vamos comentar sobre noticiários de TV, músicas da “moda”, maus políticos, aquecimento global...
Quero apenas lembrar que vale a pena e que podemos construir e oferecer hábitos e sentimentos de melhor qualidade para nós, nossos filhos, a sociedade e futuras gerações.
Que Deus ajude a todos nós.
Adriana Cordeiro
Coordenadora

Nenhum comentário: